LULA E AS PRIMEIRAS MEDIDAS

Com o início do pagamento do novo Bolsa Família, assistimos ao início da reconstrução do Brasil pelo novo governo federal. Presidente quer “cuidar das pessoas” e dos brasileiros mais pobres

Reginaldo Lopes

Na última semana, os beneficiários do Bolsa Família passaram a receber R$ 600, graças ao cumprimento de um dos principais compromissos do presidente Lula durante a campanha eleitoral. O aumento no valor do auxílio é uma conquista do governo, mesmo antes da posse, e a articulação das lideranças do PT na Câmara e no Senado. Em março, os favorecidos que têm filhos de até 6 anos terão um acréscimo de R$ 150 por criança.

A mudança vivenciada por aqueles que mais precisam é apenas um sinal de que a reconstrução do Brasil já começou. Com o presidente e sua equipe ministerial à frente, apoiados pelos parlamentares no Congresso Nacional e com participação massiva dos movimentos sociais, Lula deu início à união para “cuidar das pessoas”, como ele tem afirmado.

Outras iniciativas já se iniciaram logo nos primeiros atos de posse, em 1º de janeiro, quando o presidente editou decretos a fim de revogar medidas autoritárias, excludentes e esdrúxulas de seu antecessor.

Em reunião com mais de 500 sindicalistas, na quarta-feira, 18, Lula assinou o despacho de criação do grupo de trabalho que discutirá a nova política de valorização do salário mínimo e outras questões trabalhistas, como a garantia de direitos aos trabalhadores de aplicativos, que precisam ser incluídos no sistema de seguridade social. E reafirmou o compromisso de reajustar a tabela do Imposto de Renda, elevando a faixa de isenção para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil.

Os governos petistas de Lula e Dilma sempre aumentaram o salário mínimo acima da inflação, política abandonada pelo golpista Temer e pelo ex-presidente de extrema-direita. A melhor forma para distribuir renda no país é valorizar o piso nacional além da inflação, com ganho real. Assim como a última correção do imposto de renda foi no governo, Dilma depois a taxação ficou sem alteração desde o Golpe de 2016.

Lula ainda se encontrou com reitores de universidades e institutos federais, na quinta, 19. A reunião foi comemorada por todos, pois a ciência foi uma das áreas mais atacadas pelo último governo. O presidente reiterou sua convicção de que “só a educação tornará o Brasil um país desenvolvido”. Igualmente foram marcantes as posses das ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Anielle Franco (Igualdade Racial), bem como o discurso extraordinário do ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania).

O simbolismo das cerimônias de posse é o retrato do Brasil que respeita a diversidade, que condena o racismo e valoriza os povos originários. Um exemplo de como se governa um país com inclusão, com desenvolvimento sustentável, com democracia, paz e respeito aos cidadãos e cidadãs.

Economista, é deputado federal por Minas Gerais e líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados.

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